Visita de Estudo com a Turma do 12.º D e F

Relatório da visita de estudo ao Museu do Oriente e à Mãe D’Água das Amoreiras

        No passado dia 23 de Novembro, realizamos uma visita de estudo a Lisboa, na qual visitamos o Museu do Oriente, a Mãe D’Água das Amoreiras e a Patriarcal. Parte desta visita de estudo devia ter sido preparada pelo grupo da água, que falhou na organização da parte da tarde, ou seja, a parte em que visitamos a Mãe D`Água das Amoreiras e a Catedral. Outra parte da visita foi preparada pelo grupo nosso grupo (“As Viajantes”), que organizou a manhã desta, ou seja, a visita ao Museu do Oriente, os transportes e ainda as autorizações de cada um dos participantes.

        Esta visita de estudo começou com a partida do autocarro, às 8:30h. Quando chegámos ao Museu do Oriente começamos por pagar a nossa visita guiada e por conhecer a guia Raquel Martins. A nossa guia começou por nos revelar que aquele espaço, antes de ser construído o museu, era um armazém de bacalhau e de frutos frescos, que tinha como função ser como que um centro cultural da Ásia. Por detrás deste museu temos a Fundação Oriente, que é uma fundação privada de interesse público criada em Macau. O edifício composto pelo Museu do Oriente foi reconstruído por Carrilho da Graça e inaugurado no ano de 1939, e actualmente contem diferentes exposições, tais como “A presença de Portugal na Ásia” e “Os Deuses da Ásia”, uma colecção que foi doada por Jack Paglon, em 1999, entre outras.

       A visita ao Museu do Oriente começou com a exposição “Deuses da Ásia”. Primeiramente falámos da Índia, em que, na dinastia de Avis, Bartolomeu Dias passou o Cabo da Boa Esperança, chegando assim ao Oriente no ano de 1488. Quando os portugueses chegaram à Índia sentiram um grande choque cultural, pois estas culturas são bastante diferentes. A Índia é o segundo país mais habitado, no qual a religião predominante é o hinduísmo, a religião mais antiga do mundo sem data de fundação e sem fundador. Uma parte dos indianos acredita num único Deus - Braman – sendo assim monoteístas; outra grande parte deste povo é panteísta, ou seja, acreditam em vários Deuses, sendo Braman o principal.

        Os hinduístas acreditam no ciclo da reencarnação (Avatar em hindu) e tentam libertar-se dele, por exemplo, se um ser humano for boa pessoa e realizar boas acções, ao reencarnar, terá uma vida melhor pois tem um bom karma (modifica conforme a acção e tem origem hindu). Estas pessoas acreditam no Trimurti, ou seja, na existência de três Deuses mais importantes, o Deus da criação – Brama; o Deus que destrói – Shiva; e o Deus que preserva – Vishnu.

        Seguidamente passámos à secção da Índia, na qual começámos por falar da primeira tentativa para começarmos a estabelecer relações comerciais com a Índia, durante o século XVI, em que decidimos levar-lhes produtos portugueses/europeus, tais como o cabedal, a lã, o vinho, a cortiça, o sal e o azeite. Assim, a nossa religião entra na Índia e Portugal começa a dominar vários pontos estratégicos para o estabelecimento de mais relações comerciais com este país, começando a casar portugueses com indianas, o que antigamente não poderia acontecer.

        No ano de 1513, Jorge Alvares descobriu uma ilha no sul da China, tendo depois Portugal conseguido a autorização para estabelecer relações comerciais com a China num porto, em 1557. Para ganharmos a confiança da China, tivemos de “limpar a costa”, pois esta estava cheia de piratas e começámos a marcar encontros para estabelecermos relações de comércio.

        Como o Japão e a China estavam de relações cortadas, Portugal serviu de intermediário entre estes. Na China introduzimos o tabaco, a batata, a mandioca, a papaia, o ananás, o caju, o relógio, os óculos, etc., mas, os portugueses também trazem produtos do Oriente, tais como a porcelana, os leques, os quadros, que serviam de meios de comunicação, a seda, o cachimbo, as cartas, o álbum, os modelos dos barcos e o chá, que foi introduzido por D. Catarina. No ano de 1588 surgiu o primeiro dicionário de português – mandarim.

        Para continuar a nossa visita passámos à secção do Japão, na qual falámos acerca da chegada a este país por acidente, pois a embarcação onde estava António da Mota foi apanhada por um tufão que a moveu para uma ilha, o Japão. Os japoneses eram seres muito curiosos e por isso imitavam os chineses, assim introduzimos no Japão as espingardas, as armas de fogo, o botão, o pão, etc. Descobrimos a arte de Namba, arte de desenhar, de pintar, para representar os ocidentais, o inro que é uma caixa para transportar objectos, tais como medicamentos. Depois falámos sobre os samurais, que é o nome que se dá a uma família de guerreiros, em que ficámos a saber que todas estas famílias têm um símbolo, o tsuba. Aprendemos que obi é o nome da faixa do kimono e que esta é presa com um netzuke e, para concluir a secção do Japão vimos a evolução das armaduras dos samurais.

        Por último e para terminar a nossa visita ao Museu do Oriente, Raquel Martins falou-nos de Timor, onde nos mostrou uma imagem na qual a lua simbolizava o sexo feminino, o sol representava o sexo masculino e o caracol figurava Deus, pois os timorenses acreditavam num único Deus.

        Terminada assim a nossa parte da visita dirigimo-nos para o autocarro que nos levou até ao Amoreiras Shopping, onde almoçámos e passeamos um pouco. Ao chegar das 14:30h encontrámo-nos e dirigimo-nos para a Mãe D’Água das Amoreiras, na qual visitámos um grande reservatório de água com sete metros de profundidade e estivemos numa plataforma, em cima da água, atentos ao guia que nos explicava a história daquele reservatório e do aqueduto. De seguida visitámos a parte interior do aqueduto, que tinha algumas janelas, e um terraço, no qual se tinha uma boa vista sobre a cidade de Lisboa e o rio Tejo. E, como ainda restava algum tempo visitamos a Patriarcal, onde vimos um reservatório mais pequeno do que o da Mãe D’Água e percorremos 400 metros de aqueduto, mas desta vez sem qualquer janela.

        Concluindo a nossa visita dirigimo-nos ao autocarro para regressarmos à escola, apanhámos algum trânsito mas chegámos a Torres Vedras às 18:15 horas.